SERVIÇO:
“Sobre O Que Não Sabemos”
Temporada: 23/11 a 16/12/2018
6ª a domingo às 18h
Sala Multiuso do Sesc Copacabana
Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana – RJ
Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia), R$ 30 (inteira)
Informações: (21) 2547-0156
Classificação indicativa:16 anos
Duração: 50 minutos
Lotação: 50 lugares
Gênero: Drama comédia
FICHA TÉCNICA
Direção: Denise Stutz
Assistente de Direção: Luiza Antello Brasil
Elenco: Cristiana Brasil, Diogo Cardoso, Eber Inácio, Florência Santangelo, Kadu Garcia, Marcos Camelo
Figurino: Grupo Roda Gigante
Iluminação: Daniel Uryon
Preparação Corporal: Núbia Barbosa
Projeto Gráfico: Diogo Monteiro
Fotos: Duharte fotografia
Trilha Sonora: Gui Stutz
Direção de Produção: Grupo Roda Gigante
Produção: Eber Inácio e Diogo Cardoso
Produção Executiva: Thamires Trianon
Assessoriade Imprensa: Marrom Glacê – Gisele Machado e Bruno Morais
GRUPO RODA GIGANTE COMPLETA 10 ANOS COM MONTAGEM QUE MESCLA LINGUAGENS ARTÍSTICAS
Criação coletiva e inédita, “Sobre o que não sabemos” marca parceria teatral com Denise Stutz, que dirige o grupo pela primeira vez.
Compreendendo a arte como um bem público e transformador de realidades, o GrupoRoda Gigante estreia dia 23 de Novembro na Sala Multiuso do Sesc Copacabana o espetáculo “SOBRE O QUE NÃO SABEMOS”. Terceiro trabalho do grupo originado de um processo coletivo de pesquisa-encenação, a peça levapara a cena alguns questionamentos e reflexões a partir das intervenções em enfermarias de hospitais do município do Rio de Janeiro e suas reverberações. A partir disso, surgiu umespetáculo inédito sobre o não saber das coisas diante da vida e da morte, contando com Denise Stutz em sua primeira direção para o coletivo.
“Este trabalho tem me alimentado e me faz pensar em muita coisa, como qual é o lugar e o suporte do teatro, como e onde leva-lo, e ainda em como usar a palhaçaria num lugar fora das enfermarias, dentro de outro contexto. Isso é desafiador e me coloca num lugar de aprendizado”, reflete Denise, bailarina, coreógrafa e uma das fundadoras doGrupo Corpo.
Tema central da montagem, o “não saber” tem em si tanto o poder de tornar as pessoas imóveis, quanto o de impulsioná-las. Em uma época onde cada vez mais conhecimento é poder, Cristiana Brasil, Diogo Cardoso, Eber Inácio, Florência Santangelo, Kadu Garcia e Marcos Camelo, os integrantes do Roda Gigante, trazem para a cena a inadequação mais atual possível: sobre o que não sabemos.
“O espetáculo tem esse nome porque fala desde o lugar da criação, onde não sabemos exatamente para onde ir, e passando também pelo trabalho no hospital com os pacientes, porque não sabemos o que vai acontecer após começarmos. É, também, um questionamento desta estrutura de criação, para onde pode ir essa célula que estamos criando dentro da concepção do espetáculo”, explica Kadu.
Respaldados pelo conteúdo adquirido ao longo dessa década, o texto é uma criação coletiva. “Desde o começo buscamos transformar as histórias que víamos, sem identificar exatamente o que seriam. Não temos uma história linear, mas fragmentos de acontecimentos do cotidiano pinçados pelo olhar da Denise”, complementa Diogo.
Nas observações de Cristiana, hospitais são espaços recheados de muitas pessoas e histórias, de todas as ordens e esferas, que se atravessam em muitos corredores. “Nós fazemos a intervenção na enfermaria e saímos. A Denise foi nos assistir e, após a nossa saída, permaneceu por alguns momentos. Essa reverberação do trabalho é a parte que o ator não conhece, é o que fica por ali depois que saímos”, analisa.
“Busquei provoca-los usando a minha observação sobre coisas que passam ou surgem dentro do hospital, que é um ambiente muito forte. Ao mesmo tempo, comecei a perceber como o teatro me fazia lembrar uma sala de espera hospitalar: as pessoas sentadas, esperando alguma coisa acontecer, assim como a plateia no teatro. Você senta e espera o acontecimento”, encerra Denise.
SOBRE O GRUPO RODA GIGANTE:
Atuando em hospitais públicos da cidade do Rio de Janeiro desde 2009, os seis artistas que compõem o Grupo Roda Gigante estão expostos asituações limites: a celebração da cura, a dor da perda,o medo, a miséria e a coragem de quem tem muito pouco esubverte toda adversidade quando descobre a possívelpotência dos encontros.
Técnicas de improviso,princípios da Palhaçaria, musicalidade e dramaturgia dacena são os procedimentos utilizados com o objetivo decriar estratégias de intervenção artística na saúdepública e nos palcos. Em meio à rotina de visitasregulares a três hospitais públicos cariocas, otreinamento semanal realizado pelos artistas do Grupoconsiste em espaço de avaliação, desenvolvimentoartístico, criação de cenas e números.
Com vivência de 10 anos na interface arte, saúde e educação, ao realizar suas intervenções artísticas o RodaGigante já gerou empregos para artistas, músicos,produtores, técnicos, e outros profissionais. Beneficioucom atividades gratuitas aproximadamente 200 mil pessoas entre usuários, profissionais dos hospitais,espectadores dos espetáculos e participantes dasoficinas.
Ao longo de sua existência, a condução dos treinos do Grupo foi feita por artistas convidados e pelos própriosintegrantes do Roda Gigante. Denise Stutz conduziu o treinamento durante aproximadamente um ano, entre 2013e 2014. Sua pesquisa sobre composição cênica a partir da técnica de Viewpoints, narrativa das memórias corporais,o estreitamento da relação ator/espectador,estabeleceram diálogo direto com questões pertinentes asintervenções artísticas do Grupo.