SHIRLEY CRUZ VOLTA ÀS NOVELAS EM “BOM SUCESSO”
Recém-chegada do Festival de Cannes, onde esteve com o filme vencedor “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, atriz comemora papel de destaque na trama das 19h na TV Globo.
A naturalidade de ser quem se é. Esta é a percepção da atriz Shirley Cruz sobre o tom de Gláucia, sua personagem na novela das 19h, “Bom Sucesso”. Aos 19 anos de carreira e com mais de 50 trabalhos no audiovisual, incluindo “A vida Invisível de Eurídice Gusmão”, filme de Karim Ainouz vencedor no Festival de Cannes 2019, a atriz celebra seu bom momento profissional retornando à TV na pele de uma personagem lésbica e bem resolvida. Enquanto aguarda o lançamento de duas séries e dois filmes já gravados, a atriz se delicia na pele da Diretora Comercial da Editora Prado Monteiro que é, em suas palavras, “uma mulher inteligente, bem sucedida, bem humorada, muito segura de si, extremamente direta e louca por Silvana Nolasco, personagem de Ingrid Guimarães”.
“Gláucia não é de mandar recados, fala o que pensa e na hora, seja pra quem for”, ressalta a atriz, encantada pelo convite para viver uma lésbica. “O que ela tem de mais especial é seu espírito livre! É leve sem perder o pulso e, além de ser uma mulher de energia forte, é extremamente leal à família Prado Monteiro, o tipo de profissional que quer ver o bem da empresa. Gosto da naturalidade com que o tema da homossexualidade é tratado na trama, porque é assim que tem que ser. Ela não esconde o que e quem quer”, ressalta a atriz.
Embora tenha feito participações em outras novelas, a sensação é de estreia. “Desta vez poderei desenvolver uma personagem para contar uma história inteira, do início ao fim”, comemora a carioca residente em São Paulo, que recebeu da diretora Joana Clark a indicação para o papel. Em breve, será vista ainda em “Jungle Pilot”, série com estreia prevista para setembro, no Universal Channel, onde interpreta Dalva, esposa do protagonista vivido por Demick Lopes. E também em “A Revolta dos Malês”, com direção de Jeferson De e Belisário Franca, onde interpreta Guilhermina, sua primeira protagonista.
Lançada profissionalmente no clássico “Cidade de Deus”, Shirley estreia em Novembro o filme “A vida invisível de Eurídice Gusmão”. “Minha personagem é a Leila, que se torna uma grande amiga de Guida, uma das protagonistas, interpretada por Julia Stockler. É um prazer imensurável fazer parte do time do diretor Karim Ainouz e do produtor Rodrigo Teixeira e ainda trazer o prêmio”, festeja. “Cannes foi um sonho, uma realização, a sensação de dever cumprido, um momento que até agora estou digerindo e que só me faz querer mais. Eu já tinha ido como espectadora e prometi a mim mesma que só voltaria lá no tapete vermelho. Dois anos depois lá estava eu. É como ser a mulher maravilha por alguns minutos”, suspira.
Com mais de 30 filmes no curriculum, em breve poderá ser vista também no longa-metragem “Pacified”, de Paxton Winters com produção da 20th Century Fox, ainda sem data para estreia. Além disso, é presença constante em séries da Fox, Universal Channel, Netflix, TV Globo, Canal Brasil e TV Record, e foi pré-selecionada à indicação do Emmy Awards (2011) pelo seu papel em “Filhos do Carnaval”, da HBO – onde, em paralelo à carreira de atriz, apresentou um programa sobre a série.
Shirley estreou como jornalista num projeto coordenado por Nizan Guanaes e dirigido por Luiz Gonzaga Mineiro, seu diretor também na equipe de jornalismo do SBT, na função de apresentadora e repórter, sob a coordenação de Ana Paula Padrão. É ainda a idealizadora da Cia. Contemporânea Mulher de Palavra, onde atua, produz e escreve, e que durante as olimpíadas estreou o espetáculo “Mulheres no Pódio”, falando da trajetória da mulher no esporte olímpico e paralímpico. Dentre os orgulhos inesquecíveis está a participação no projeto “Negro olhar”, com Milton Gonçalves e Ruth de Souza.