“PARA NÃO MORRER”

Temporada:
05 a 28 de Julho

Horários:
Sexta e Sábado às 20h / Domingo às 19h

Teatro Laura Alvim
Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
Tel.: (21) 2332-2015

Ingressos:
R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia-entrada)

Duração: 70 minutos
Classificação Etária – 14 anos

 

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia – Francisco Mallmann (a partir da obra de Eduardo Galeano)
Criação, Direção e Atuação – Nena Inoue
Direção de Texto – Babaya Morais
Iluminação – Beto Bruel
Figurino – Carmen Jorge
Cenário – Ruy Almeida
Técnico Operador – Serginho Medeiros
Designer Gráfico – Martin Castro / Adriana Alegria
Fotografias – Elenize Deszgeniski, Lidia Ueta, Marcelo Almeida
Colaboradores RJ – Spectaculu – Escola de Arte e Tecnologia, Abílio Ramos, Adriana Alegria, Doroti Jablonski, Maria Adelia
Assessoria de Imprensa – Bruno Morais / Marrom Glacê Assessoria
Redes Sociais – Platea Comunicação e Arte
Vídeos Redes Sociais – Eduardo Simões
Produção local – Damiana Inês / Nena Inoue / Serginho Medeiros
Administração da Temporada – Bloco Pi Produções
Direção de Produção – Nena Inoue
Realização – Espaço Cênico



Para não morrer

MELHOR ATRIZ PELO 31º PRÊMIO SHELL E PELO TROFÉU GRALHA AZUL 2017,  NENA INOUE VOLTA AO RIO DE JANEIRO COM O SOLO “PARA NÃO MORRER”

Adaptação da obra feminista “Mulheres”, de Eduardo Galeano, ainda rendeu à Nena a indicação na mesma categoria no 7º Prêmio Botequim Cultural.

Após temporada de sucesso no Teatro Poeirinha (2018) e uma rápida passagem pelo Teatro Sesc Ginástico na semana do Dia Internacional da Mulher (2019), Nena Inoue retorna ao Rio de Janeiro com o solo “Para Não Morrer”. Desta vez, o premiado espetáculo fica em cartaz de 05 a 28 de Julho no Teatro Laura Alvim, espaço da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa/FUNARJ. A cidade que a consagrou Melhor Atriz no 31º Prêmio Shell de Teatro (2019) e a indicou na mesma categoria ao 7º Prêmio Botequim Cultural terá no mês que celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha a chance de assistir ao solo que aborda justamente histórias de mulheres da resistência – célebres ou anônimas – que transformaram o meio e as pessoas com as quais conviveram.

“Estou feliz e acho importante voltar pro Rio neste momento porque, além do reconhecimento do público nas duas temporadas, obtive oficialmente o reconhecimento da crítica especializada. Eu amo esta cidade que, embora tenha sido saqueada pelo poder público, resiste e re-existe a partir do seu povo, dos encontros, das presenças. Estar presente e ocupando um teatro público no Rio neste momento é importante e necessário. E sou grata à abertura que recebo dos espaços para seguirmos juntos”, comemora a curitibana que, na sua cidade, recebeu o primeiro prêmio por este trabalho: o Troféu Gralha Azul (2017) na categoria Melhor Atriz.

Com dramaturgia de Francisco Mallmann a partir da obra Mulheres, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), a encenação concebida por Nena em parceria de criação com Babaya (BH) apresenta temáticas femininas e feministas atreladas a questões políticas, especialmente da América Latina. Uma mulher se apropria da palavra e dá voz a muitas outras. Diferentes lugares, vidas e momentos históricos se mesclam em um clamor que traz a coragem de narrar, a urgência de ser dito e de contar essas histórias.

Escrito em 1997, o livro recupera a biografia de várias personagens históricas cuja importância a perspectiva dominante reduziu, deturpou ou simplesmente ignorou. Uma forma de dar voz às lutas de mulheres que não são vistas nem lembradas: negras, indígenas, guerrilheiras, mães, avós, filhas de diferentes épocas e lugares que foram violentadas, mutiladas, torturadas, assassinadas e esquecidas. E resgata ainda algumas mais conhecidas, como Sherazade, Rosa de Luxemburgo, Josephine Baker e Olga Benário, entre outras.

O solo se insere no debate atual interessado no resgate e na manutenção da memória, apresentando o Brasil em interlocução muito estreita com toda a América Latina. “Quis colocar em cena mulheres que lutaram antes de nós pela liberdade e que, de alguma forma, venceram. São protagonistas de suas histórias. A peça é sobre opressão e violências, mas também sobre resistências, lutas, afeto. É também sobre as mulheres de hoje, do que está adormecido, coisas esquecidas que precisamos despertar. Vivemos um momento de retrocessos sociais onde a consciência histórica e resistência se fazem ainda mais necessárias, e este espetáculo é minha forma de militar, de resistir. Ele vem tocando distintos públicos, que não somente mulheres, pois seus conteúdos são importantes para todos neste momento”, reflete Nena.

Rememorando os grandes feitos de perseverança contra a opressão, a figura de Nena Inoue, sentada em uma poltrona em cena, apresenta uma narradora limitada fisicamente, mas que insiste em falar e que intersecciona distintas vivências e aprendizados, evocando, ao mesmo tempo, muitas presenças, alternando força e ternura. Um contragolpe. Exercício de resistência.

 

TEMPORADAS

O espetáculo estreou no Festival de Curitiba (Mostra Oficial), em abril de 2017, na II Curitiba Mostra, uma idealização do Espaço Cênico coordenada por Nena Inoue e Gabriel Machado, com objetivo de fomentar processos de criação autoral e intercâmbio entre artistas de diversas áreas. Em seguida, fez temporadas em Curitiba (Teatro Zé Maria Santos, Ave Lola Espaço de Criação, Espaço Fantástico das Artes, Mini Guaíra e Teatro Lala Schneider), em São Paulo (SESC Pinheiros e SP Escola de Teatro) e no Rio de Janeiro (Teatro Poeirinha e Teatro Sesc  Ginástico). Apresentou-se ainda nos festivais FILO (Festival Internacional de Londrina), FICA (Festival Internacional / Natal-RN), no SINGA 2017 (Simpósio Internacional de Geografia Agrária), Mostra SÓ EM CENA (Maringá /PR), Mostra Solos Ave Lola (PR) e na Estação Ponto de Partida (Barbacena e São Joao Del Rey /MG). Em 2019, retomou temporada em Curitiba, se apresentando novamente no Festival de Curitiba, além de circular por oito cidades catarinenses pelo SESC-SC e ainda no Festara (Araçatuba / SP).

 

SOBRE NENA INOUE

Nascida em Córdoba (Argentina) e desde os nove anos no Brasil, Nena Inoue é artista gestora, produtora, diretora teatral e atriz formada em 1978 pelo Curso Permanente de Teatro do Centro Cultural Teatro Guaíra. Completando 40 anos de carreira, contabiliza mais de 60 espetáculos profissionais e atua ainda como Coordenadora do Espaço Cênico desde 1997. Esteve na mesma função por nove anos (2000 a 2009) ao lado de Luís Melo no ACT – Ateliê de Criação Teatral, espaço que realizou e abrigou distintos trabalhos de caráter multiárea. Foi também Diretora Artística do Centro Cultural Teatro Guaíra (2003 a 2006); produtora da Sutil Companhia de Teatro (2008 a 2010) e, desde 2009, tem sua produção artística voltada às temáticas de caráter histórico-político-social.