“ISSO QUE VOCÊ CHAMA DE LUGAR”

Temporada:
07 a 30 de Junho

Horários:
Sexta-feira e Sábado – 20h
Domingo – 19h

Local:
Teatro Laura Alvim
Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
Tel.: (21) 2332-2015

Ingressos:
R$ 50 (inteira) R$ 25 (meia-entrada)
Bilheteria: Terça a sexta – 16h às 21h / Sábado – 15h às 21h / Domingo – 15h às 20h

Duração: 70 minutos

Classificação: 12 anos

 

FICHA TÉCNICA:

Ideia Original: Daniel Herz
Texto: Criação Coletiva
Direção: Daniel Herz
Elenco: Carol Santaroni, Clarissa Pinheiro, Roberta Brisson e Tiago Herz
Diretora Assistente: Clarissa Kahane
Iluminação: Aurélio de Simoni
Cenário: Fernando Melo da Costa
Figurino: Clívia Cohen
Projeto Gráfico: Daniel Rocha e Vidi Descaves
Assistência Psicanalítica: Evelyn Disitzer
Direção Musical: Pedro Nego
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria – Gisele Machado & Bruno Morais
Produção: 2D Produções e Comunicação



Isso que você chama de lugar

DANIEL HERZ ESTREIA “ISSO QUE VOCÊ CHAMA DE LUGAR” NO TEATRO LAURA ALVIM

Tendo a dúvida como fator central, texto inédito aborda comunicação interpessoal e escolhas através de quatro histórias que não se encontram, mas convivem paralelamente.

Num mundo cada vez mais individualista, onde todos parecem sempre tão ocupados lutando pela própria sobrevivência a ponto de conversar sem se comunicar, quatro histórias paralelas “se cruzam”. As personagens se encontram no palco, mas não na vida, reforçando a incomunicabilidade que existe nas relações contemporâneas. Este é o ponto de partida de “ISSO QUE VOCÊ CHAMA DE LUGAR”, espetáculo inédito concebido e dirigido por Daniel Herz que estreia no dia 07 de Junho no Teatro Laura Alvim, espaço da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa/FUNARJ.

Em cena, quatro atores contam quatro histórias concomitantes, parecendo às vezes que é a mesma história – mas são sempre histórias diferentes. Cada ator apresenta apenas a sua própria história e os diálogos não são necessariamente diálogos, mas são sempre encontros. Tendo a dúvida como ponto central, o jogo cênico se assemelha a um quebra-cabeça e flerta com teatro do absurdo. Essa “vertigem cênica” alude à profundidade da decisão que os personagens, vivendo momentos cruciais de decisão, precisam tomar.

“Tive essa ideia das histórias simultâneas a partir da reflexão sobre o lugar em que cada um se situa a cada tempo. Ter um elenco tão talentoso e confiante neste formato faz do desafio uma aventura deliciosa”, analisa Daniel, que criou o texto colaborativo junto de Clarissa Kahane, sua assistente na direção, e do elenco, composto por Carol Santaroni, Clarissa Pinheiro, Roberta Brisson e Tiago Herz.

A peça pontua o perceptível crescimento do fluxo emigratório de brasileiros que buscam em outros países um aumento da qualidade de vida e alguns desdobramentos – estabilidade financeira, realização profissional e novos encontros amorosos. Para além das questões práticas, aparece o desejo não apenas de deixar o lugar onde se vive, mas de se encontrar em si mesmo.

“É possível ter um projeto de vida potente dentro do nosso país ou a única saída é o aeroporto? Nunca tivemos tantas pessoas ‘navegando’ por essa dúvida”, provoca o diretor, aos 37 anos de carreira.  A montagem tira o espectador da zona de conforto não somente em relação ao tema, mas também quanto à forma de contar essas histórias, brincando com o que parece e o que de fato é.

“Um grande desafio foi encontrar o equilíbrio entre as dinâmicas cênicas e o fôlego do público para conseguir acompanhar as quatro histórias ao mesmo tempo. A plateia tem que ‘aceitar’ o desconforto inicial e depois se deleitar com a potência de conseguir se envolver com a situação limite de cada personagem”, sinaliza Daniel.

Os personagens têm a opção de manter a segurança afetiva do seu local de origem ou buscar uma nova identidade em um novo país. “A sensação de que as nossas faltas serão preenchidas num lugar diferente nos encoraja a partir. Mas manter-se na terra natal apesar das contrariedades e inverter expectativas também é uma possibilidade de autoconhecimento e plenitude. Em suma, reconhecer-se como estrangeiro de si mesmo e, a partir desse entendimento, buscar a sua própria identidade é o que nos motiva a contar essas histórias”, encerra.