SERVIÇO:

Temporada:
07 a 30 de junho

Horários:
Sexta-feira e Sábado às 19h / Domingo às 18h

Local:
Teatro Rogerio Cardoso / Porão do Laura Alvim
Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
Tel.: (21) 2332-2015

Ingressos:
R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia-entrada)

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos

 

FICHA TÉCNICA:

Elenco: Andrezza Abreu, AnitaChaves, EleaMercurio, Karina Ramile Érica Marinho. Stand In: Natália Balbino.
Texto: Natasha Corbelino
Direção: Maria Clara Guim
Figurino: Anouk Zee
Iluminação: Nina Balbi
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria – Gisele Machado & Bruno Morais
Produção Executiva: Luciana Duque

 



BONDE

“BONDE” ESTREIA NO PORÃO LAURA ALVIM EM CURTA TEMPORADA

Espetáculo aborda a relação da cidade, da mobilidade urbana e do poder público com o corpo da mulher ao longo de décadas no Rio de Janeiro.

Com elenco e equipe formados apenas por mulheres, “BONDE” estreia dia 07 de junho no Teatro Rogério Cardoso / Porão do Laura Alvim, em curta temporada até o dia 30 do mesmo mês. O espetáculo tem como tema a relação da cidade, da mobilidade urbana e do poder público com o corpo da mulher ao longo dos anos no Rio de Janeiro. O texto crítico, emocionante e divertido tem autoria Natasha Corbelino e direção de Maria Clara Guim.

Mesclando fatos históricos com ficção, o“BONDE” vai passando por quatro históriasde mulheres em diferentes épocas no Riode Janeiro: uma mulher que descobre oprazer em 1861; uma ativista contra aproibição das mulheres nas Olimpíadas de 1896; uma jovem vivendo a liberdade do carnaval em 1937; uma jovem em um relacionamento abusivo nos anos 1990/2000; e uma mulher relatando o primeiro dia do vagão feminino do metrô em 2006.Todas em busca de uma vida sem medo.

“Nosso espetáculo é sobre uma luta, mas não tem nada de bélico! Ele é sobre histórias e vozes silenciadas do passado e que hoje podem ecoar por aí. Conversamos sobre muitas coisas que nós, mulheres, passávamos em nosso dia-a-dia. Reparamos que nossas experiências às vezes eram bem parecidas, e atravessadas pelo fato de sermos mulheres. Em comum, o corpo da mulher no transporte público sendo desrespeitado em assédios e abusos reais”, relembra a diretora Maria Clara Guim.

A peça é resultado de um processo chamado “Experimenta” iniciado na Ocupação Ovárias em 2017. O evento, que exibiu cenas teatrais, filmes, performances e exposições produzidas só por mulheres, fez uma chamada para artistas mulheres se juntarem para realizar uma cena teatral. Sentadas em um vagão de bondinho em Santa Teresa, sem ainda se conhecerem, as atrizes, diretora e autora criaram o “BONDE”.

“Ter uma equipe formada apenas por mulheres é uma mão na roda. Quando uma pessoa nova entra na equipe ou no elenco, não precisamos explicar os desafios de ser mulher. Ela sabe. Mas pra nós é importante também falar com e para os homens! Queremos que eles nos escutem e estejam com a gente na mudança para um mundo mais equilibrado”, reflete Elea Mercurio, que integra o elenco ao lado de Andrezza Abreu, Anita Chaves, Érika Marinho, Karina Ramil e Natália Balbino (stand in).

Ações recentes, como a criação do vagão exclusivo para mulheres em trens e metrôs, são citadas na montagem. “Esta é uma solução a curto prazo, e nem dá pra calcular quantos assédios pode ter evitado. Mas vemos a ideia também sob um viés crítico: por que somos nós que temos que nos afastar? E se a mulher não for no vagão feminino, ela pode ser assediada? E quem decide quem é mulher e quem não?”, provoca a atrizAnita Chaves.“A sensação é que temos que estar vigiando o tempo todo. Mas estamos fazendo uma mudança e hoje estamos mais atentas. Principalmente no transporte público – e se vemos uma mulher em uma situação estranha, estamos mais abertas a oferecer ajuda. O empoderamento feminino é uma curva ascendente!”, finaliza Anita.