“PEGADAS LAMACENTAS”

Temporada:
07, 14, 21 e 28 de Junho

Horário:
Sextas-feiras – 19h

Local:
Espaço Cultural Olho da Rua
Rua Bambina, nº 6 – Botafogo – Rio de Janeiro

Ingressos:
R$ 30 (inteira) / R$ 20 (ingresso amigo) / R$ 15 (meia-entrada)

Duração: 60 minutos
Classificação: 18 anos

 


 

“AS FRAQUEJADAS: AO PONTO, SANGRANDO OU BEM PASSADAS?”

Temporada:
09, 16, 23 e 30 de Junho

Horário:
Domingos – 16h

Local:
Espaço Cultural Olho da Rua
Rua Bambina, nº 6 – Botafogo – Rio de Janeiro

Ingressos:
R$ 30 (inteira) / R$ 20 (ingresso amigo) / R$ 15 (meia-entrada)

Duração: 120 minutos
Classificação: 18 anos



Baubo Cia.

BAUBO CIA PERFORMÁTICA ESTREIA DOIS ESPETÁCULOS FEMINISTAS

Naturalização do sangue menstruale objetificação do corpo feminino são os enfoques de “Pegadas Lamacentas” e “As Fraquejadas – Ao ponto, sangrando ou bem passadas?”, respectivamente.

Formada exclusivamente por mulheres, a Baubo Cia. Performática estreia dois novos espetáculos no Espaço Olho da Rua, em Botafogo. “Pegadas Lamacentas” abre a temporada às sextas-feiras de 07 a 28 de junho (19h) e, na sequência, “As Fraquejadas: ao ponto, sangrando ou bem passadas?” se apresenta aos domingos, de 09 a 30 de junho (16h). Interativos e com estrutura performativa, ambos propõem um debate acerca do universo feminino e feminista com as peculiaridades que estes possuem. Do sangue menstrual a estereotipagens e objetificação do corpo da mulher, o que não falta em cena é discussão sobre a luta, a resistência e o papel da mulher diante o capitalismo, além das práticas políticas e o machismo ainda exercido na sociedade contemporânea, tudo favorecido pelo patriarcado imperativo.

“O sangue menstrual é um tabu milenar em praticamente todas as culturas, sendo visto como algo asqueroso e de mau odor. As grandes empresas de absorventes nos vendem uma ilusão de liberdade e segurança e, há anos, as mulheres vêm sendo induzidas a não pensar sobre seus ciclos menstruais. Ou seja, há muito tempo a nossa natureza vem sendo calada. Portanto, fazer as pazes com o nosso sangue menstrual é o primeiro passo para nos reconciliarmos com o nosso ‘feminino’, que entendemos se tratar de uma energia maior e universal, encontrada tanto em mulheres como homens”, defende AllegraCeccarelli, responsável pela concepção de “Pegadas…” ao lado deSavina João.

Embora o assunto de rara discussão pública possa causar estranhamento inicial, o desenvolvimento dos espetáculos é feito de modo positivo e inspirador, a partir da análise de novos contextos. “As linguagens de nossas performances são ora ácidas, ora cômicas, mas também poéticas e catárticas. Realizamos uma experiência artística e democrática, feita para todXs”, pontua Allegra, que integra o elenco e concebeu o argumento das duas peças. “Para a Bauboa arte é ritualística, sagrada e profana ao mesmo tempo. Aliás, a ‘energia feminina’ fala sobre isso: estamos todos juntos e somos um só, compartilhamos assim responsabilidades e afetos”, reforça.

O sangue é assunto presente em ambas asmontagens: em “As fraquejadas…”, cuja narrativa também reflete a discussão presente no livro “A política sexual da carne” (Carol J. Adams),a alimentação carnívora e o feminicídio servem de mote. “A escalada da violência doméstica nos lembradiariamente que nós, mulheres, somos tratadas como mercadorias ou propriedades dos homens. O corpo nu, em cena, tem por função denunciar essa objetificação sistemática e perversa”, alertaSavina.

A execução bárbara da vereadora Marielle Franco e a visão do presidente Jair Bolsonarode que as mulheres são “fraquejadas sexuais”, alimentam o debate cênico. “A onda de fascismo crescente que tem tomado conta do Brasil e do mundo são questões refletidas no nosso churrasconão convencional, com trajes de banho (não) convencionais”, diverte-seSavina, entregando o formato cênico de “As fraquejadas”.

Encenadas ao longo do processo de criação em festivais, as performances estreiam oficialmente no Rio de Janeiro propondo reflexão e olhares alternativos ao público. “O mundo está mudando e acreditamos que isso passará necessariamente pela ação política das mulheres. A cultura e a educação serão aliadas para a revolução no quadro de mentalidades que precisamos realizar”, observa Jessica Madona, performer convidada para a presente temporada. “Entendemos que as nossas obras cumprem o papel de observação, diagnóstico, aprendizado e oferta de olhares alternativos à logica dominante do capitalismo e do patriarcado em que vivemos”, finaliza Allegra.

 


 

“PEGADAS LAMACENTAS”

Temporada:
07, 14, 21 e 28 de Junho

Horário:
Sextas-feiras – 19h

Local:
Espaço Cultural Olho da Rua
Rua Bambina, nº 6 – Botafogo – Rio de Janeiro

Ingressos:
R$ 30 (inteira) / R$ 20 (ingresso amigo) / R$ 15 (meia-entrada)

Duração: 60 minutos
Classificação: 18 anos

SINOPSE

“Pegadas Lamacentas” é um espetáculo interativo, de estrutura performativa. Em cena, as performers discutem o “nunca dito” a respeito do sangue menstrual: esse sangue que simboliza o ciclo da vida, que representa fertilidade e saúde, mas que, até hoje, é tão repudiado pelas mais distintas sociedades. Repudiado não só por ser sangue menstrual (como em muitas tradições, é considerado impuro), mas também pelos aspectos decorrentes que o período menstrual causa no dia a dia das mulheres. As performers, portanto, propõem uma abordagem positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade do meio ambiente, a partir de olhares alternativos e sustentáveis sobre a menstruação e os seus contextos. E, embora “Pegadas Lamacentas” tenha como mote o sangue menstrual e seus mais distintos contextos, este espetáculo é uma experiência artística, democrática e feita para todos.

FICHA TÉCNICA

Espetáculo-Performance
Argumento: AllegraCeccarellie Larissa Mauro
Concepção e Roteiro: AllegraCeccarelli, Larissa Mauro e SavinaJoão
Performers: AllegraCeccarelli, Savina João e Jessica Madona

 


“AS FRAQUEJADAS: AO PONTO, SANGRANDO OU BEM PASSADAS?”

SINOPSE

Nesta performance, a Baubo Cia Performática faz um convite a todXs para um churrasco não convencional, com trajes de banho (não) convencionais.O tema central desta performance é a barbárie diária praticada contra o corpo e a existência das mulheres: abordagens como “gostosa”, “vagabunda”, “piranha”, “ó, se eu te pego”; olhares lascivos; e, assédios, ejaculações públicas e estupros, demonstram a maneira como os corpos das mulheres são frequentemente vulgarizados, aviltados e explorados como uma espécie de carne desprestigiada, ou “carne de segunda”.A partir de olhar metafórico sobre a castração química, apoiada por Jair Bolsonaro, bem como a sua visão de que nós mulheres somos “fraquejadas sexuais”, a hipocrisia da família tradicional brasileira, as violências contra a mulher e a onda de fascismo crescente que tem tomado conta do Brasil e do mundo são questões refletidas no nosso churrasco. A performance é um grito: é a reivindicação e a liberação da voz, do corpo e da existência de nós mulheres.

FICHA TÉCNICA

Performance
Argumento e concepção: AllegraCeccarelli e Savina João
Performers: AllegraCeccarelli, Jessica Madona e SavinaJoão

OBS: Promoção pra quem assistiu a um dos espetáculos e voltou para assistir ao segundo: apresentando o ticket do primeiro espetáculo na bilheteria, o espectador paga R$ 15 no segundo espetáculo.